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Descobrir Pitões das Júnias
Numa das minhas caminhadas pela Serra do Gerês, que aconselho fazer durante a primavera ou no outono, recordo a passagem pela aldeia de Pitões das Júnias – uma das mais antigas e inóspitas de Portugal. Situada a 1200 metros de altitude, no extremo oriental do Parque Nacional da Peneda-Gerês, encanta pelas suas casinhas em pedra, o seu artesanato local, o cheiro a pão de centeio cozido no forno de lenha comunitário e toda aquela paisagem verdejante que a envolve num demorado abraço. Foi também aqui no restaurante Dom Pedro que me rendi a um delicioso cabrito assado no forno e outras iguarias da cozinha barrosã. Aconselho dois percursos, ambos circulares, que pode fazer a partir da aldeia. O primeiro com cerca de 4km, cuja sinalização suscita algumas dúvidas, exigindo persistência leva-o até ao enigmático Mosteiro Beneditino de Santa Maria das Júnias (um monumento datado do século IX que apenas pode visitar através de marcação). O trilho prossegue até uma plataforma natural donde poderá observar duas impressionantes quedas de água do ribeiro de Camposinho. O acesso à Cascata dos Pitões também pode ser feito através de uma escadaria em madeira que desce até a um varandim, donde pode avistar o coração da serra. Outro dos percursos a fazer é a subida até à Capela de São João, a 1163 metros de altitude, onde todos os anos em Agosto se faz uma romaria. Se for no Verão aconselho-o a levar repelente e cobrir bem o corpo porque os mosquitos fazem qualquer um pensar em desistir. A chegada ao topo do morro vale bem o esforço do último trecho. Dali vimos o sol a pôr-se sobre a aldeia, os garranos em liberdade e sentimos toda aquela força da natureza que paira no ar…